ONG Nova Cambuquira e ARPA Rio Grande avançam sobre os debates de Proteção das Águas Minerais

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No dia 13 de Fevereiro de 2019, a convite da ONG Nova Cambuquira, a ARPA Rio Grande, representada por sua assessora Jurídica, Daiane Fernandes, participou do debate sobre a proteção das Águas Minerais no Centro Cultural Vagão 98, no município de Lambari.

O evento intitulado: “Parâmetros de Qualidade das Águas Minerais” teve como objetivo a troca de informações e esclarecimentos sobre o novo estudo apresentado pela CODEMGE (Companhia de Desenvolvimento de Minas): SIGA Circuito das Águas. Em Lambari, a pesquisa verificou que a concentração de nitrato nas fontes do Parque estava (entre 4 e 5 mg/L), o que causou preocupação na população lambarinense. Na oportunidade, Daiane Fernandes apresentou a ARPA Rio Grande e sua atuação no circuito das Águas, bem como relatou o histórico de constatação das Ilegalidades e irregularidades nos instrumentos de exploração das águas minerais pela CODEMIG nos município de Cambuquira e Caxambu, no qual houve a união de várias entidades como Ministério Público Estadual e Federal, organizações da sociedade civil e cidadãos pela defesa da exploração sustentável das águas Minerais naqueles municípios. Em sua fala, enfatizou ainda, a responsabilidade do Poder Público e da coletividade na defesa do meio ambiente, apresentando instrumentos para tanto como os estudos técnicos, a legislação e, principalmente a educação ambiental.

Em complemento, Marcos Rodrigues da ONG Nova Cambuquira explicou o era o nitrato, suas possíveis origens na água mineral como o uso sanitário inadequado ao redor do parque, a mistura das águas minerais com águas subterrâneas contaminadas por esgoto e por fertilizantes, e as consequências que ele pode causar para a saúde humana quando ingerido.

Por sua vez, Ana Paula, Presidente da Nova Cambuquira, relatou a experiência da ONG como defensora das Águas Minerais do Circuito, apontando dados das análises das fontes ao longo dos anos que, muitas vezes, apresentaram alto índice de concentração de nitrato e diminuição de suas vazões. Ressaltou que várias vezes tiveram que recorrer ao judiciário para garantir a disponibilidade e qualidade das águas minerais para as presentes e futuras gerações. Após as apresentações, foi aberto espaço para questionamentos e o público presente participou ativamente com perguntas pontuais e pertinentes. Ao final, foi sugerida a realização de uma audiência pública naquele município para ampliar a discussão e participação dos cidadãos.

“Embora a comunidade não tenha controle direto sobre a origem das águas minerais encontradas no Circuito, tem papel fundamental na efetividade da educação ambiental para preservação desse bem natural e dos locais de captação das fontes, bem como das áreas dos parques e de seus entornos, Cabe a todos os cidadãos zelar pela qualidade da água que sai das fontes e pelo meio ambiente, evitando a contaminação, combatendo a poluição e o uso inadequado das águas, dentre outros cuidados” (Bergson Cardoso Guimarães- Promotor/Coordenador do NUTA- Núcleo Integrador para Tutela da Água).

 

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Sobre a ARPA

A Agência Regional de Proteção Ambiental da Bacia do Rio Grande também designada pela Sigla ARPA Rio Grande, foi constituída em Assembleia Geral em 12 de setembro de 2012, sob a forma de Associação Civil de caráter representativo, é uma pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, se rege por estatuto e pelos regimentos legais aplicáveis.

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